segunda-feira, 15 de junho de 2009

Pedagogia do Harry Potter


Não li o livro. Por enquanto! Não vi o filme - talvez por enquanto. Mas tendo em vista essa preocupação crescente, não será dificil me ver embarcando com o pequeno bruxo.

Um dos mais avançados centros de estudos da matéria (essa tal de bandeira o novo aprendiz) fica no MIT - e chama-se Convergence Culture Consortium - dirigido pelo não menos famosos Professor Henry Jenkis. Em seu blog, ele traz o testemunho de Flourish Klink. Debaixo do tema: A idéia radical de que crianças são pessoas, ele publica um paper escrito por uma de suas alunas. Das coisas que Flourish se lembra bem e com pertinência, de seus tempos escolares, é o computador que ganhou de seus pais (e a possibilidade de se conectar à internet). Relata que isso foi quando tinha seus 12 anos de idade.

A chave para seu crescimento (e conquistas além da escola), veio a ser o compartilhar de suas criações - textos que publicava, sempre focados na história de Harry Potter. Apesar de suas limitações juvenis, ninguém sabia ao certo sua idade. E com o passar do tempo sua articulação mental aprimorava e suas expressões ganhavam relevância.

Foram esses espaços comuns ('affinity spaces') que permitiram que seu aprendizado fosse contributivo e positivo. É ela quem testemunha:
[Tudo isso] ... me levou a escrever, a ler, a fundar uma organização sem fins lucrativos, e pelos céus, tudo isso antes de ter chegado aos dezesseis anos. Comparando, meu tempo no ensino médio parece vazio, sem nada, um lugar circunscrito a se pegar o diploma ...


E em seguida ela enfatiza:

Creio que a primeira resposta é "não lhes dê nada". Essa relação de poder tem que ser abandonada.

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