quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Vida Digital em 2010

A discussão sobre a vida digital e nossa presença on line continua!

Preparei uma pesquisa que trata justamente do tema e das ênfases para o próximo ano. A preocupação aqui é identificar formas e maneiras para sermos mais produtivos.

Se de um lado é mandatório participar de redes sociais e postar ideias e argumentos que ajudam a levantar a nossa bandeira, ao mesmo tempo é importante descobrir os vilões e consumidores de nossa energia.

Responda (ainda hoje) aqui. Em menos de dois minutos - e acompanhe os resultados analisados aqui no blog.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Desdobramentos para a Presença Online

Para Entender a Internet


Com esta iniciativa do Juliano Spyer ao convocar as boas cabeças que tem atuado e sido ativas na internet, temos um bom Manual introdutório para melhor compreender o que é a Web e como estar mais presente.

É boa leitura, e é gratuita. Baixe para o seu uso, ainda hoje!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Imersão Digital


Vamos realizar um Workshop denominado Imersão Digital - com uma abordagem dupla: conceitual e prática. A proposta é entender as possibilidades com as redes sociais e o desafio de se estar presente na Web, fazendo um planejamento de uma grade de participação. E daí partir para a ação - executando com acompanhamento essas primeiras iniciativas.

Veja o texto completo de divulgação do WORKSHOP

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O termo blog é irrelevante. O importante é que hoje é um termo comum. E em breve vamos ver que toda a pessoa inteligente (e mesmo aquela nem tanto) terá uma plataforma de mídia para expressar sua preocupação com o mundo.
Seth Godin
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A WEB 2.0 é um pouco mais complicada do que já lhe tentaram explicar. No entanto ela está aí. E pronta para ser uma ferramenta, uma plataforma e até mesmo um estilo de vida, para você.
Mas é você quem decide o que e o como. E certamente o mundo não aceita é que você fique fora da WEB!
Por isso desenvolvemos uma Oficina que seja ao mesmo tempo conceitual (ensinando a pescar) e prática (dando-lhe alguns peixes). Uma oportunidade única para você e seu Notebook.
Veja a seqüência:
1. Um breve histórico da Internet
2. Os desafios da WEB 2.0
3. Os principais players de hoje e do futuro:
• Blogs e perfis pessoais
• As redes sociais
• Publique e apareça
• Twitter, Wave e novidades do amanhã
4. GRID – formando uma grade de presença e permanência na WEB
5. Planejamento básico de um grid e os passos práticos – COLOQUE-SE NA WEB EM 2010
6. Experimentação e implantação com acompanhamento individual

São 4 horas de intensa imersão no mundo digital, mas do seu jeito e de maneira personalizada, conforme as prioridades que você definir.
Acompanha um breve manual e Coffee Break –
IMPORTANTE: é imprescindível que o participante traga o seu NOTEBOOK de uso diário!

FINALMENTE UMA MENTORIA BÁSICA QUE LHE AJUDARÁ A DAR OS PASSOS ESSENCIAIS PARA TER UMA PRESENÇA PESSOAL EFETIVA NA INTERNET -

E traga suas dúvidas e aspirações.

VAGAS LIMITADAS

Dia 12 de Dezemmbro - em São Paulo
Horário 8:30 às 12:30 -
COORDENADORES
Volney Faustini – Consultor e Estudioso das tendências sociais
Jeronimo Alí Chat Arguto – Ativista cibernético e coaching digital

Faça sua reserva ou solicite mais informações por email: cursos@faustini.com.br

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

E-book Gratuito


Num esforço colaborativo, conseguimos lançar esta semana o e-book FILHOS SEGUROS, PAIS TRANQUILOS, organizado por Volney Faustini, com outros doze co-autores. É deveras um número emblemático esses doze colaboradores - mas não tem nenhuma outra pretensão. A idéia é contribuir para a discussão e o entendimento desse tema com pais e educadores.

Veja só o sub-título: Entendendo o potencial da internet, e garantindo a integridade dos nativos digitais. Realmente tem tudo a ver com momento atual!

Você pode baixar o arquivo ou ler diretamente na internet neste link do Scribd.

Volte e nos informe o que achou e quais perguntas adicionais devemos responder!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mentes Flácidas


Ao longo da semana estava desenvolvendo a minha análise sobre o tão propalado caso da menina da Uniban. A Instituição não havia até então se manifestado. Para mim esse silêncio valia ouro. Até porque não há o que se falar. Uma vez a aluna dentro do campus, a responsabilidade passa a ser da Instituição.

Imaginei, pela perspectiva do marketing, que apesar de ser uma Universidade, algumas regras do 'livre mercado' e do bom senso prevaleceriam - daí que fiz uma postagem por essa ótica, em outro espaço. Veja aqui. Sob o título Ardil, enfatizei que a Uniban estava na situação do 'se correr o bicho pega, se ficar parado o bicho come'. E defendia um posicionamento de distância e silêncio.

No fim de semana fomos surpreendidos. Inicialmente os sites noticiosos antecipavam o teor do 'informe publicitário' a ser veiculado nos jornais de domingo de grande circulação - com o posicionamento oficial da entidade, expulsando a aluna Geysa e tomando outras medidas de lado estético. Em seguida vieram as reações. Os twitteiros criaram um tag específico (#unibanfacts) onde concentraram as ironias e piadas. O volume de micro posts crescia ao longo do dia. E novamente caia o assunto na mídia televisiva.

Voltemos para os aspectos da Educação e do Ensino para elaborarmos algumas lições - são pílulas para reflexão e debate:

1. A Uniban deu mostras claras de que não está preparada para entender, analisar e processar o que se passa na Web. As repercussões na internet foram o segundo estopim. E o terceiro foi a grande mídia. A famosa frase: "A revolução não será televisionada" pode muito bem ser aplicada a esse caso. Antes de chegar na televisão - a revolução já havia acontecido.

2. Os participantes ativos da confusão são Nativos Digitais. A força de expressão, o comportamento temporário e as múltiplas identidades são alguns dos fatores que provocam essa explosão. Pouco se falou disso. Generalizações banais e reducionismos simplórios. Há que se considerar também o que é ação coletiva e densidade social. Sobre esses sub-tópicos eu havia falado na quinta-feira passada num evento fechado. E usei - para surpresa dos presentes - o "Case Uniban" como ilustração. Os colunistas e analistas de plantão também não trouxeram uma reflexão mais aprofundada.

3. Há nesse contexto uma oportunidade e uma demanda. Esperemos que outros tomem iniciativa nessa direção. A oportunidade está em se focar na construção e nos propósitos da coletividade educacional. Professores e educadores - mesmo no nível universitário - devem lançar mão dessa capacidade inerente que está nos seus alunos e criar através de desafios interessantes projetos conectados à sua formação ou com desdobramento nela, mesmo que envolva questões políitcas ou sociais. A demanda é o da ociosidade. Aparentemente a grande maioria é provocada para coisas destrutivas. Minha avó já falava: "cabeça vazia é oficina do diabo." Ter deixado os alunos com a mente flácida ao longo do último bimestre, permitiu provocações outras e envolvimentos outros.

4. Há um grande potencial de produção (individual e coletiva) que deságua em novas formas de expressão. Há uma capacidade nova - escondida e não percebida pelos mais velhos (professores, educadores, decisores, chefes, patrões, gerentes). Há um forte ímpeto por descoberta, inovação e para aceitação de desafios. E esses Nativos Digitais estão a postos.

Então - o que vamos fazer diante desse novo quadro de fatores? Abraçar as oportunidades para fazer algo realmente diferente ou correr o risco ao se manter as mentes flácidas?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cultura Participativa 1


Para entender o que é Cultura Participativa, indico a leitura de minha postagem no Espicaçando o Marketing, aqui. Começo pelo comparativo entre Web 1.0 e Web 2.0. É o desafio para se entender o que de fato é a Internet: mais do que computadores, é na verdade uma grande conexão de pessoas.

O autor e professor Clay Shirky consubstancia em livro boa parte dessa sabedoria debaixo do título: "Here Comes Everybody" - que seria algo como "Todo mundo já chegou" para traduzir de forma contextualizada. O que ele quer dizer em outras palavras e de maneira menos ofensiva é que há um "estouro da boiada". Tenho usado essa expressão para enfatizar que é impossível controlar ou exercer qualquer tipo de dominância sobre o mundo digital - quer por barreiras ou por censuras. As censuras servem por um tempo, mas logo são contornadas e se tornam obsoletas.

Como em uma festa que podemos ver e ser vistos, conversar e sermos abordados, a Web 2.0 replica um pouco desse ambiente. E a recomendação que eu faço é: saia do casulo e mergulhe. Só mesmo 'nadando nessas águas' é que se entenderá o que é estar na Web 2.0 e ao mesmo tempo perceber onde principia a tal de Cultura Participativa.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Agenda de futuras postagens


A seguir compartilho e antecipo um pouco do que estaremos tratando em nossas futuras postagens. Minha idéia é a de fazer em forma de Perguntas e Respostas. Estou imaginando e construindo indagações válidas, e que ao mesmo tempo introduza temas que venha influenciar a Escola e os alunos.

Não se trata de uma lista exaustiva, mas sim introdutória. Através dos comentários ou mesmo diretamente, você também pode trazer sua perguntas. A idéia, muito mais do que respondê-las, é de criar uma base para viabilize o debate e o aprendizado mútuo.

Vamos lá:

- O que significa Cultura Participativa? Qual sua pertinência?

- A mídia digital modifica em que sentido, e de que forma o aprendizado?

- Que novas habilidades os jovens devem levar para o novo mercado de trabalho?

- O que são Competências Culturais, e por que são importantes?

- Quais os esforços e adaptações a serem feitas para realizar a integração entre as gerações
(incluindo-se todos os ambientes: Família, Escola, Clube, Igreja, Política e Trabalho)?

- Como a Sociedade de maneira geral pode tirar proveito das oportunidades (e quais são elas) que advém deste impacto cultural-digital?

- O que é a nova alfabetização do século 21? O que devemos fazer a respeito disso?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Minha Infância

Será que o mundo realmente mudou?

sábado, 19 de setembro de 2009

Amamos objetos


Numa aula-palestra realmente provocativa, Sherry Turkle do MIT apresenta um conceito que nos parece obvio, porém ainda sem explorarmos seu verdadeiro significado.

Professora Turkle enfatiza que "nós amamos os objetos que nos ajudam a pensar". Partindo de uma abordagem inicialmente psicoanalítica, ela consegue sintetizar com argumentos filosóficos e de estudiosos de outras áreas, para trazer luz à relação que temos com máquinas e a própria tecnologia.

"Perder o meu HD é a morte" - essa e outras semelhantes afirmações - onde se pode substituir o objeto amado (quer por um PDA, celular ou mesmo um pen drive) são muito comuns. Constatamos com isso a nossa profunda dependência com essas ferramentas que em nossa percepção, nos torna mais inteligente e produtivo. E com isso e por isso, mudam o nosso ser.

O desdobramento disso tudo, a que devemos nos aprofundar, tem a ver com a Escola, com a Educação (no sentido amplo - familiar e social) e com o ambiente de trabalho.

Só para iniciar: como estamos acostumados com o uso do teclado, do mouse e de sistemas corriqueiros? De que maneira se instala nosso escritório? E a escola de nossos filhos? A sala de aula onde passaremos um dia inteiro - com seus recursos e instrumentos?

Prestemos atenção portanto em nossa própria situação e na dos filhos e funcionários mais jovens para trazer à discussão mais essa importante faceta.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Por que vocês estão aqui?

Graças a um trabalho inovador, o Professor Kanamori promove alegria e bem estar psicológico e social em seus alunos. Como diz o contribuinte deste link, uma demonstração que "não é nada mecânico, apertando botões ou em busca de resultados por melhores notas."

Vale a pena - mesmo que você não entenda, nem Inglês, nem Japonês. As imagens valem por mil palavras.

Recomendo que voce assine também os feeds do Tomaz Lasic.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Substantivos e Verbos


Uma interessante e importante diferença existe em como a maioria dos professores (imigrantes digitais) encaram a tecnologia digital do presente e os alunos de hoje (nativos digitais). Essa diferença traz implicações enormes para aqueles responsáveis pelo desenvolvimento de cursos e a sua ministração na Escola.

Os imigrantes digitais encaram a tecnologia digital como sendo uma série de ferramentas - por exemplo: o Word, o Excel, o PowerPoint, o Adobe Flash. As ferramentas podem ser usadas para realizar uma série de coisas. Cada uma delas pode ser manuseada e ensinada individualmente.
Na verdade, agora mesmo você poderá estar ofertando um ‘curso’ em qualquer uma dessas ferramentas, como é apresentado na TV o “Video Professor”.

Colocado em outros termos, nossos professores que são imigrantes digitais, encaram a tecnologia como uma série de programas, ou como coisas, ou – em termos lingüísticos – como Substantivos.
Os alunos de hoje, se forem fluentes como nativos na tecnologia digital, encaram de uma maneira bem diferente. Eles vêem a tecnologia como um meio para fazer as coisas acontecerem: comunicando, compartilhando, apresentando, etc.

Nos termos lingüísticos nossos alunos vêem a tecnologia como Verbos.

Eles não aprendem a usar o celular. Eles aprendem a comunicar, usando suas diversas possibilidades. Eles ‘textuam’. Eles ‘torpedeiam’. Eles falam. De maneira similar, eles não aprendem PowerPoint. Eles aprendem apresentação. E no momento em que a ferramenta se torna limitadora para eles – eles partem para outra. Com os telefones celulares isso acontece pelo menos uma vez por ano. E com o PowerPoint, acontece na 6ª série (para os nossos mais brilhantes), pois eles trocam para o Flash e para ferramentas de vídeo – ou o que existir de mais avançado como ferramenta, para o ‘verbo’ acontecer no que estiverem envolvidos.

Tradução do artigo (parte 1) de Marc Prensky por Volney Faustini. Link original aqui.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Parceiros dos Nativos Digitais


Um dos desafios na Educação dita moderna, é o desenho do processo didático pedagógico que deve facilitar a vida dos alunos como Nativos Digitais. Mais do que definir método ou criar funções, a Escola terá que falar a nova linguagem - aquela que seu público fala (os alunos).

Para facilitar, amparar e ser um verdadeiro parceiro, o professor tem pela frente uma tarefa monstruosa: aprender e desenvolver para si e para suas funções a aplicação digital. Gerar fluência pressupõe antes familiaridade. Esta por sua vez exige um mergulho efetivo. É por isso que uma das grandes tarefas no Desenvolvimento Educacional está ligado às práticas da conexão e do navegar online.

Essa dedicação inicial deverá ter metas claras e definidas, para que não se corra o risco de o muito fazer, nada resultar. Há avenidas práticas que trazem uma bagagem básica com desdobramentos interessantes. Eu inicialmente recomendaria uma destas iniciativas (que podem ser combinadas entre si):

- Crie um blog individual
- Crie um blog em parceria
- Ingresse numa Rede Social Massiva (tipo Orkut ou Facebook)
- Ingresse em duas Redes Sociais Segmentadas (tipo Cultura Digital ou Escola de Redes)
- Comece a twittar (aqui)

Essas iniciativas, apesar de aparentemente simples, podem descortinar muitas outras oportunidades. Como diz o ditado chines: uma grande jornada começa com os primeiros passos.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Desafios


Em tempos de mudanças drásticas, são os aprendizes que herdam o futuro. Os que já aprenderam se vêem preparados para viver em um mundo que não mais existe.

Eric Hoffer

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Entendendo o desafio


Os melhores professores são aqueles que lhe apontam para onde olhar, mas não lhe dizem o que você deve ver.

Alexandra K. Trefor

terça-feira, 28 de julho de 2009

Argumentos para a mudança


A Escola hoje, muito se parece com a viagem de avião- confie plenamente na pessoa lá da frente e desligue todo e qualquer aparelho eletrônico.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O Tema Campeão


Creio que há muito passamos a discussão da necessidade de mudanças. Há um claro reconhecimento da falência dos métodos e da total ineficácia de metodologias obsoletas para a Escola de hoje. É covardia agregar fatos e argumentos diante do óbvio.

Para onde levar a Escola?

Essa é a grande questão dos próximos dez anos a perseguir a Educação e educadores em geral.

A grande questão gera filhos: Como mudar? Que direção seguir? O que implementar? Como implementar? Que métodos utilizar - ou até de forma mais específica: que metodologia aplicar? Existe ou existirá tal coisa - uma metodologia aplicável e replicável? Que abordagem adotar?

Enfim muito mais questões do que afirmativas ou respostas prontas. Isso em si, é excelente sinal.

As perguntas mais difíceis e complexas nos inspiram a uma atitude de aprendizado. Desde o princípio de nossas postagens neste blog, nos era claro que o novo aprendiz é um chapéu para todos os protagonistas da Escola: educadores, professores, administradores, funcionários paradidáticos, pais, e (redundantemente) alunos.

Ou seja, é da hora a contínua discussão destas e novas questões - não tanto pela busca de respostas, mas sim pelo processo de aprendizado e de criatividade. E o mais interessante de tudo, é que parte das respostas estão soltas e circulando o mundo através do ciberespaço.

Vou mencionar a fonte de alguns desses fragmentos a orbitar por nossas cabeças:

- TED TALKS (Conferências de Tecnologia, Entretenimento e Design)
- Digital Youth Project (Fundação MacArthur eUniversidade de Berkeley)
- Berkman Center for Internet and Society (na Universidade de Harvard - vários capítulos)
- Aspen Idea Festival (debaixo do Aspen Institute)
- CSN (Amsterdan - A Rede Social Corporativa)
- Preparar o Futuro (APDC - Portugal)
- Seminário A Sociedade em Rede e a Educação (Iniciativa da Vivo)
- 11º Encontro LocaWeb (São Paulo e outras cidades)
- Desconferência Escola de Redes (Campos de Jordão - português), e também no YouTube

São importantes conclusões trazidas nos eventos ou apresentadas ao público e que agora fazem a discussão se seguir. Isso nos estimula e nos faz pensar de maneira mais profunda. E nos leva à conversação. Aí está o nosso caminho, o caminho do novo aprendiz!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Tudo mais é igual

Deixe o video rolar. Não precisa de tradução ou legenda. Já assistimos esse filme muitas vezes. Basta voltarmos à nossa passagem pela escola - e mesmo nos dias atuais, ainda é a realidade. Mesmo que já tenham decorridos mais de 60 anos!!

E a Escola? Este é um argumento do tipo visual, e que ajuda a nos convencer a embarcar no projeto O Novo Aprendiz. O aluno é alguém novo, o professor tem que aprender para o novo, a Escola também deve aprender para o novo. Todos aprendendo. Por isso de uma postura sistêmica e geral de aprendiz.

Veja o que dá tentar ensinar, já naquele tempo era difícil. Imaginemos hoje!

Os alunos mudaram. São outras pessoas, nascidos debaixo do signo dos bits - os Nativos Digitais. Agora, partimos para uma ruptura com os métodos antigos ou estaremos num beco sem saída!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Aspen e as Ideias


Quase que exclusivamente por causa de patriotismo, não estive em Aspen na semana passada.

Entre várias razões, há uma pitada de altruismo. Aqui no Brasil preciso fazer o meu evangelismo - pregando sobre o impacto que o mundo digital vai ter sobre a sociedade em geral, e sobre a escola em particular. Ainda bem que tenho encontrado alguns bons aliados. Mas a luta é dura.

Pois bem, em pleno Colorado (verão americano) aconteceu o Aspen Idea Festival – um efervescente fórum reunindo as melhores cabeças do mundo para discutir e debater entre outros temas a Sociedade, a Educação e o Futuro.

Para o público participante, o site afirma que há inspiração e provocação vinda de escritores, servidores públicos, artistas, cientistas, executivos do mundo de negócios, acadêmicos, economistas, especialistas em política exterior, empreendedores, e líderes de todos os tipos ...

Para nós que temos uma certa noção do que seja o TED – Aspen é um TEDÃO!

Este ano eles focaram em quatro grandes temas:
- Economia Global e Política Exterior (World Affairs)
- Arte e Cultura
- A Vida na America
- Gerenciando o Planeta Terra

Dentro das abordagens mais específicas da segunda metade do encontro havia:
- A Ciência do Ser Humano
- Inovação na Educação
- Vivendo Digitalmente
- O Oriente Médio

Vocês devem estar pensando que eu inventei isso da minha cabeça – que foi um sonho pirado ... Mas não. Veja aqui.

No painel “O Futuro da Educação: Tecnologia e como as pessoas aprendem”, estavam (ninguém menos que): Connie Yowell (Fundação MacArthr – responsável pelo estudo Digital Media and Learning Initiative), Will Wright (criador de SIMS), e Howard Gardner (Harvard + o cara das Inteligências Múltiplas).

Eu vou repassar abaixo uma pequena parte do belo resumo que John Plafrey, do Berkman Center de Harvard fez. E depois de ler, você me responde de imediato no comentário:

1) Deveríamos ter alguém lá – pra diminuir esse abismo de futuro, e compartilhando conosco?; e
2) Exagero quando afirmo que – pelo lado otimista - estamos apenas engatinhando?

Leia agora, reflita e participe da discussão. O link original de onde traduzi uma parte, está aqui.

Baseado nos seus estudos das Cinco Mentes, Gardner apresenta seus pensamentos: 1) A nova mídia digital é plural: games, redes sociais, todas as formas de fontes de informação. 2) A Revolução Digital talvez venha a ser tão importante como os primórdios da escrita e da imprensa. Suas conclusões tem por base seu trabalho com entrevistas de: jovens, professores e psicólogos. 3) A coisa mais importante que temos a fazer é nos perguntar: que tipo de mente queremos criar nos jovens de hoje?

Will Wright por sua vez pergunta o que está em jogo na era digital. As crianças estão imersas nessas novas mídias, de tal forma que os pais tem muita dificuldade para entender. As comunicações assíncronas nos levam a novas técnicas de moderação, com novos padrões comunitários e regras para banir as pessoas de comunidades. Há uma metáfora com a biologia pois é debaixo pra cima, substituindo o de cima para baixo tipo de controle, fazendo um paralelo com o conjunto de regras da evolução.

Yowell enfatiza a crucial diferença entre os tipos de participação. Há aqueles focados na amizade e os focados no interesse – sendo que cada participação é distinta. Faz alusão ao trabalho de Mimi Ito. No foco da amizade as crianças trazem seus relacionamentos ‘offline’ e as formas de se comunicar no espaço ‘online’. Já as comunidades focadas no interesse as coisas funcionam de maneira distinta.

Gardner lança um desafio (eles chamam de Good Aspen Idea – ou a boa idéia de Aspen). Cada um de nós deve conhecer melhor como nossa mente opera - metacognição.

Com muito debate e discussão, entra John Seely Brown e coloca a importância do Mestre. “Não pode haver uma falsa dicotomia aqui. Há lugar para o professor aqui. Assim como para as multidões, para a mais recente novidade online, para o gaming, para o aprendizado entre pares. Não devemos ser exclusivistas para nenhum dos lados."


Por favor, vá leve nos comentários pois estou arrependido de não ter ido a Aspen.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Fala professor Pacheco!


UOL Educação - Onde mais ocorre o desperdício nas escolas?

Pacheco - O desperdício de tempo também é enorme em uma aula. Pelo tipo de trabalho que se faz, quando se dá aula, uma parte dos alunos não tem condições de perceber o que está acontecendo, porque não têm os chamados pré-requisitos, e se desliga. Há um outro conjunto de crianças que sabem mais do que o professor está explicando - e também se desliga. Há os que acompanham, mas nem todos entendem o que o professor fala. Em uma aula de 50 minutos, o professor desperdiça cerca de 20 horas. Se multiplicarmos o número de alunos que não aproveitam a aula pelo tempo, vai dar isso.

O desperdício maior tem a ver com o funcionamento das escolas. Os professores são pessoas sábias, honestas, inteligentes e que podem fazer de outro modo: não dando aula, porque dar aula não serve para nada. É necessário um outro tipo de trabalho, que requer muito estudo, muito tempo e muita reflexão.

Leia a entrevista completa aqui.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Missão Quase Impossível


Imagine que você foi contratado por um país distante para montar uma nova Escola, que deverá usar os melhores recursos à disposição para ser um case modelo. Como resultado disso, espera-se que seu Projeto seja bem sucedido para influenciar a Educação e os rumos da pedagogia daquela nação.

Esse é um Projeto de alta prioridade. Você poderá colocar o que há de melhor em termos de recursos e meios, para auxiliar e fortalecer o professor e a sua Escola. Assim, você instala equipamentos, utiliza-se de metodologias moderníssimas, agrega tecnologia, trazendo o que háde melhor e mais novo no segmento educacional. Tudo muito perfeito.

Há porém um detalhe. É certo que você deva gastar um tempo adicional (1) entendendo aquela cultura, (2) contextualizando seu currículo às realidades do país, (3) respeitando os interesses da sociedade quanto ao presente e ao futuro dessas crianças, (4) contratando iguais para melhor exercer a pedagogia ... Enfim, seguir um receituário do bom senso. Por isso, além do uso eficaz de investimentos, voce vai agregar gente nativa, da cultura local, que vai ajudar a formar a criança como um cidadão para aquele país!

A missão é difícil mas não impossível. Agora pergunto: e em se tratando de nossa realidade?

Hoje nos vemos diante de um grupo etário com cultura, comportamento, hábitos, influências, linguagem, repertório, vocabulário e atitudes TOTALMENTE distintos dos mais velhos. Ou seja - os que estão no comando e à frente da responsabilidade de ensinar, não são nativos (no sentido de terem nascido dentro daquela cultura). Tudo leva a crer que estamos na verdade diante de um desafio ainda mais profundo e complexo do que a hipótese levantada ao início.

O que fazer então? Parte do que estamos a discutir aqui (inciando pelo menos) e as questões que se levantam - e contando assim com a preciosa ajuda de nossos queridos leitores - é que formará um melhor entendimento do que significa o Novo Aprendiz.

Mas pelo jeito - e está cada vez mais patente - que os 'ensinadores' deverão ser os primeiros a atuarem como aprendiz. Bem vindo aos novos tempos!!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Pedagogia do Harry Potter


Não li o livro. Por enquanto! Não vi o filme - talvez por enquanto. Mas tendo em vista essa preocupação crescente, não será dificil me ver embarcando com o pequeno bruxo.

Um dos mais avançados centros de estudos da matéria (essa tal de bandeira o novo aprendiz) fica no MIT - e chama-se Convergence Culture Consortium - dirigido pelo não menos famosos Professor Henry Jenkis. Em seu blog, ele traz o testemunho de Flourish Klink. Debaixo do tema: A idéia radical de que crianças são pessoas, ele publica um paper escrito por uma de suas alunas. Das coisas que Flourish se lembra bem e com pertinência, de seus tempos escolares, é o computador que ganhou de seus pais (e a possibilidade de se conectar à internet). Relata que isso foi quando tinha seus 12 anos de idade.

A chave para seu crescimento (e conquistas além da escola), veio a ser o compartilhar de suas criações - textos que publicava, sempre focados na história de Harry Potter. Apesar de suas limitações juvenis, ninguém sabia ao certo sua idade. E com o passar do tempo sua articulação mental aprimorava e suas expressões ganhavam relevância.

Foram esses espaços comuns ('affinity spaces') que permitiram que seu aprendizado fosse contributivo e positivo. É ela quem testemunha:
[Tudo isso] ... me levou a escrever, a ler, a fundar uma organização sem fins lucrativos, e pelos céus, tudo isso antes de ter chegado aos dezesseis anos. Comparando, meu tempo no ensino médio parece vazio, sem nada, um lugar circunscrito a se pegar o diploma ...


E em seguida ela enfatiza:

Creio que a primeira resposta é "não lhes dê nada". Essa relação de poder tem que ser abandonada.

sábado, 13 de junho de 2009

O Ensino na berlinda

Hoje, mais do que nunca, os verbos ensinar e aprender não são conjugados juntos. Há uma grande dicotomia. Não é que se ensina, que alguém aprendeu. E não é que se aprendeu, que alguém ensinou. Hoje não mais!!

E mesmo que os professores, mestres e educadores se esforcem em suas atividades - com o objetivo de ensinar - debaixo de um conjunto de crenças e sempre presos aos arquétipos do passado, mais distantes eles ficarão do sentido desse esforço. Se o objetivo é fazer (ou permitir) que a criança aprenda, então pode desde já parar!!

É óbvio e claro que não é debaixo de um modelo que remonta (nas melhores hipóteses) ao século dezenove, que a Escola vai conseguir alcançar seus intentos. O jeito quadrado, do silêncio, do poder (!), da centralização, do 'one size fits all' massificado, não é mais eficaz. E isso coloca o Ensino na berlinda.

O que fazer para que nossos filhos aprendam?

Que tal iniciarmos por tirar a ênfase da ação e-n-s-i-n-a-r ?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Alunos Diferentes

Continuando com a postagem anterior - apenas como uma introdução a ser melhor elaborada (e traduzida)de autoria de Carol Ann Tomlinson:

What Differentiation Is--And Is Not

A differentiated classroom offers a variety of learning options designed to tap into different readiness levels, interests, and learning profiles. In a differentiated class, the teacher uses (1) a variety of ways for students to explore curriculum content, (2) a variety of sense-making activities or processes through which students can come to understand and "own" information and ideas, and (3) a variety of options through which students can demonstrate or exhibit what they have learned.

A class is not differentiated when assignments are the same for all learners and the adjustments consist of varying the level of difficulty of questions for certain students, grading some students harder than others, or letting students who finish early play games for enrichment. It is not appropriate to have more advanced learners do extra math problems, extra book reports, or after completing their "regular" work be given extension assignments. Asking students to do more of what they already know is hollow. Asking them to do "the regular work, plus" inevitably seems punitive to them (Tomlinson, 1995a).

Alunos Especiais

Muito se tem discutido sobre alunos especiais. Uma discussão antiga - que trata daqueles que necessitam de um acompanhamento diferenciado.

Agora a pergunta que não quer calar: e se na sua classe de aula hoje, encontrarmos alguns alunos diferentes que necessitam de um aprendizado diferenciado, o que voce faria?

E agora a afirmação que não queremos ouvir: todos os nossos alunos são diferentes entre si!

Participe da discussão.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Contato e Identificação


É certo que hoje, um dos desafios maiores para os professores e educadores, está no contato e identificação com seus alunos. Tornar-se parte do todo, e de um todo indivisível e associado, é vital para a boa pedagogia.

Não há comunicação sem rapport. Sobre isso voltarei para aprofundar. Mas hoje o foco está em não sermos um ET dentro da sala de aula: alguém que veio de outro planeta.

A imagem mais forte do filme é a cena dos dedos se tocando. Spielberg que sempre teve fascinação pelo tema, recorre a esse simbolismo para dar sentido à identificação da criança com aquela estranha criatura. Havia algo de mágico na sinceridade e singeleza da criança, ao aceitar um extra-terrestre como parte de sua turma.

O desafio portanto ultrapassa a aparência física, ultrapassa até mesmo os hábitos ou mesmo comportamentos diferentes do ET diante de uma criança ocidental de primeiro mundo. O que estava em jogo era mais para o lado da sinceridade e da fraqueza do visitante, e de como isso demanda na criança um voluntariado para entrosá-lo na vida e no cotidiano.

O recurso a mão, para ser utilizado é menos do lado artificial ou de apetrechos - como por exemplo procurar ser mais jovem do que aparentamos, e muito mais para a sinceridade e a naturalidade. Não podemos mudar quem somos. Mas podemos ser nós mesmos, com naturalidade e autenticidade.

Pode até ser a fórmula do ET. Mas essa fórmula dá certo!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nativos 2

A discussão continua e segue uma pequena apresentação para entendermos as diferenças entre os Nativos Digitais e a geração anterior (os Imigrantes).

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A discussão continua

Fiz uma postagem recente no blog que divido com o Fábio Adiron - o Espicaçando o Marketing.

É mais um contribuição para o debate da questão das mudanças que chegam com essa nova geração, carregada de novos hábitos e diferentes paradigmas. Os marketeiros estão sendo convidados a discutir o tema. Veja aqui.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Uma Metanoia para a Escola


Temos uma boa e uma má notícia para nossos educadores.

A boa notícia é a imensa janela de oportunidade que se abre para que realizemos uma grande transformação na Escola. Isso porque os alunos de hoje chegam aos bancos escolares suplicando e ensejando essa mudança. Ou seja há uma positiva e saudável conspiração para mudar.

A má notícia é que, definitivamente, a Escola não está cumprindo seu papel. Perde cada vez mais significado e relevância ao não atender seus propósitos, colocando em xeque sua própria existência. E isso é grave.

Hoje temos um abismo entre o que a escola oferece e o que nossos alunos demandam. Um fosso que se amplia a cada dia. Os educadores -- aqueles em posição de direção e decisão -- estão acostumados ao mundo cartesiano de métodos previsíveis e planejamentos herméticos. Eles tendem ser avesso às mudanças. E os professores por sua vez, são exigidos no sentido da sistematização do ensino, tornando-o repetitivo, expositivo e enfadonho.

Percebemos pelo lado dos alunos, altas expectativas. Eles fazem parte da geração Nativos Digitais -- aquela 'molecada' que nasceu banhada em bits. Eles são interessados, auto motivados, rápidos, fáceis de engajar, compromissados e prontos a operar em grupo -- quer colaborando quer aprendendo com seus pares.

Diferentemente do que sempre vimos, esses alunos trazem consigo hoje, a convicção e a motivação para o aprendizado. Através das interfaces digitais, eles se vêem acostumados com o conceito da chave da auto descoberta. São reforçados nesse comportamento pela imediata ampliação de horizontes, que por sua vez os leva a novos patamares. Quase tudo no seu cotidiano assemelha-se a um game -- são obrigados a tentar, a se esmerar diante de desafios, a serem rápidos, a decidirem diante de múltiplas possibilidades, a improvisar e construir o caminho ao longo da jornada -- e ao final serem premiados por seus esforços. E a nunca desistir! Se necessário, começar tudo de novo.

Semelhantemente, quando navegam na internet, assimilam novidades, memorizam links, ensaiam movimentos diferentes, e pacientemente desmontam códigos aparentemente nebulosos. Não se trata de uma minoria de gênios ou de algumas crianças -- entre as muitas -- com personalidade introspectiva que passam o dia enfurnados na tela do computador. É na verdade a maioria -- se não todos!

Uma grande maioria acostumada com as aventuras deste novo e admirável mundo da dimensão digital.

Segundo o censo brasileiro de 2005, mais da metade da população tem idade abaixo dos 25 anos. No entanto, a escola de sempre -- a que conhecemos hoje: aquela escola antiga -- não está preparada para o que esses jovens e crianças definem para si como importante. Não tanto em termos de conteúdo ou de carga curricular – mas de métodos, abordagem e interatividade. Eles demandam uma nova linguagem. Não se trata de planejamento, mas sim de agenda!
Eles estão conectados em rede, se vinculam com amigos -- e com os amigos de amigos. Buscam de maneira natural comunidades de interesses com temas que lhe chamam a atenção. Não se limitam ao uso de um só computador. E lançam mão de diferentes terminais e pontos de acesso, tornando impossível o exercício de qualquer tipo de controle ou dominação por pais ou vigias.
Tudo isso redunda em comportamentos e hábitos singulares. Para os mais velhos, são ações estranhas e procedimentos incompreensíveis.

Nisbett e outros asseveram que o cérebro das crianças que nasceram debaixo da égide digital assimilando-a espontaneamente no seu cotidiano, têm a plasticidade de seus cérebros alterada para melhor.

São os nativos digitais que pesquisam e aprendem por conta própria ou auxiliados por seus pares. Trabalham com facilidade diante de hiper textos e multivariados links. Realizam um tipo de processamento paralelo. Essas e outras novas e surpreendentes características tornam os jovens e as crianças um fantástico ser digital!

Já os mais velhos -- por costume e tradição -- se enquadram dentro de diferentes paradigmas de cognição. Apresentam um processo mental próprio, limitado em certo sentido por demandar foco e ter característica linear. Mas nem por isso inferior ou superior. Tão somente diferente!
E é exatamente por isso que nossos professores têm tanta dificuldade, não só em entender o aluno, mas também em aceitar como normal o seu modo de agir. E em função desse distanciamento, trazem um bloqueio profundo na hora de estabelecer um rapport básico com seus alunos.

Estudos têm definido a necessidade de rapport para uma comunicação eficiente dentro do processo de interação. Tirado da língua francesa, esse termo quer dizer ‘enfileirar-se’, e define o momento de identificação entre emissor e receptor em seus papéis informais. Quando há síntese nos papéis formais e informais, professor e aluno podem gerar uma sensível melhora no processo de interação. Está comprovado que quando se tem uma base informal em comum, cria-se um ambiente de segurança que transcende os papeis originais.

Ao se mostrar como de outro planeta (efetivamente de outra época), os professores ampliam esse fosso que os separa de seus alunos. Sem preparo para a necessária contextualização, seus esforços são contraproducentes, com o risco de fazer essa desmotivação entre os alunos virar um estresse radical. Estes por sua vez, igualmente se distanciam, rebelando-se diante de um processo que, literalmente os aterroriza.

Há neste quadro um duplo vazio. Primeiro como assevera Marc Prensky, criador de games e pensador para a educação: “Nossos alunos mudaram radicalmente. Os alunos de hoje não são as mesmas pessoas para as quais o sistema educacional foi criado para ensinar.” Isso é uma ausência de encaixe, criando um vácuo de propósito e missão. As escolas diariamente estão debaixo, do que poderíamos chamar, de a síndrome de Vampeta: as escolas fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem.

Em segundo lugar não se tem dado o devido cuidado para se debruçar sobre a questão. Essa postura de negação da realidade revela uma forte irresponsabilidade não só dos educadores, mas de toda a sociedade! Antes de ser um problema eminentemente local ou brasileiro, é um desafio global que não enxerga fronteiras. Mesmo assim, não é justificável que permaneçamos feito avestruz.

Mas há um lado promissor. Vários fatores conspiram para uma transformação profunda. Uma verdadeira metanoia*! Precisamos, no entanto agir -- e agir rápido.

A convocação da sociedade para o debate é tão somente o ponto de partida. Há muito a se fazer. Mas como toda grande jornada, deve começar com os primeiros passos.

* Metanoia – Derivada do grego, tem pelo menos quatro significados: arrependimento (utilizado no contexto religioso), conversão (espiritual ou intelectual), mudança de mente ou de direção (no sentido individual) e transformação da organização (como uma disciplina -- apregoado por Peter Senge). Este último tipo, descreve uma radical mudança da instituição.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Primeira postagem

Inauguramos hoje o blog voltado ao Novo Aprendiz.

Quem é ele, o que ele significa?

Não. Não estamos falando de um só indivíduo ou de uns poucos. Não estamos tratando aqui de uma classe especial que sai de parte da população.

Estamos sim, objetivando e focando em TODOS os novos entrantes no sistema educacional que são na verdade um novo ser - um novo ser social que age, pensa, colabora, se integra, se isola e aprende de forma bem distinta daquilo que o mundo e o mercado tem fornecido.

Enfim, o Novo Aprendiz está aí aos milhões - e serão eles que definirão a Educação, a Escola e o Aprendizado de uma maneira ampla e geral.