quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Vida Digital em 2010
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Desdobramentos para a Presença Online
Com esta iniciativa do Juliano Spyer ao convocar as boas cabeças que tem atuado e sido ativas na internet, temos um bom Manual introdutório para melhor compreender o que é a Web e como estar mais presente.
É boa leitura, e é gratuita. Baixe para o seu uso, ainda hoje!
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Imersão Digital
Vamos realizar um Workshop denominado Imersão Digital - com uma abordagem dupla: conceitual e prática. A proposta é entender as possibilidades com as redes sociais e o desafio de se estar presente na Web, fazendo um planejamento de uma grade de participação. E daí partir para a ação - executando com acompanhamento essas primeiras iniciativas.
Seth Godin
- - - -
A WEB 2.0 é um pouco mais complicada do que já lhe tentaram explicar. No entanto ela está aí. E pronta para ser uma ferramenta, uma plataforma e até mesmo um estilo de vida, para você.
Mas é você quem decide o que e o como. E certamente o mundo não aceita é que você fique fora da WEB!
Por isso desenvolvemos uma Oficina que seja ao mesmo tempo conceitual (ensinando a pescar) e prática (dando-lhe alguns peixes). Uma oportunidade única para você e seu Notebook.
Veja a seqüência:
1. Um breve histórico da Internet
2. Os desafios da WEB 2.0
3. Os principais players de hoje e do futuro:
• Blogs e perfis pessoais
• As redes sociais
• Publique e apareça
• Twitter, Wave e novidades do amanhã
4. GRID – formando uma grade de presença e permanência na WEB
5. Planejamento básico de um grid e os passos práticos – COLOQUE-SE NA WEB EM 2010
6. Experimentação e implantação com acompanhamento individual
São 4 horas de intensa imersão no mundo digital, mas do seu jeito e de maneira personalizada, conforme as prioridades que você definir.
Acompanha um breve manual e Coffee Break –
IMPORTANTE: é imprescindível que o participante traga o seu NOTEBOOK de uso diário!
FINALMENTE UMA MENTORIA BÁSICA QUE LHE AJUDARÁ A DAR OS PASSOS ESSENCIAIS PARA TER UMA PRESENÇA PESSOAL EFETIVA NA INTERNET -
E traga suas dúvidas e aspirações.
VAGAS LIMITADAS
Dia 12 de Dezemmbro - em São Paulo
Horário 8:30 às 12:30 -
COORDENADORES
Volney Faustini – Consultor e Estudioso das tendências sociais
Jeronimo Alí Chat Arguto – Ativista cibernético e coaching digital
Faça sua reserva ou solicite mais informações por email: cursos@faustini.com.br
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
E-book Gratuito
Num esforço colaborativo, conseguimos lançar esta semana o e-book FILHOS SEGUROS, PAIS TRANQUILOS, organizado por Volney Faustini, com outros doze co-autores. É deveras um número emblemático esses doze colaboradores - mas não tem nenhuma outra pretensão. A idéia é contribuir para a discussão e o entendimento desse tema com pais e educadores.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Mentes Flácidas
Ao longo da semana estava desenvolvendo a minha análise sobre o tão propalado caso da menina da Uniban. A Instituição não havia até então se manifestado. Para mim esse silêncio valia ouro. Até porque não há o que se falar. Uma vez a aluna dentro do campus, a responsabilidade passa a ser da Instituição.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Cultura Participativa 1
Para entender o que é Cultura Participativa, indico a leitura de minha postagem no Espicaçando o Marketing, aqui. Começo pelo comparativo entre Web 1.0 e Web 2.0. É o desafio para se entender o que de fato é a Internet: mais do que computadores, é na verdade uma grande conexão de pessoas.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Agenda de futuras postagens
A seguir compartilho e antecipo um pouco do que estaremos tratando em nossas futuras postagens. Minha idéia é a de fazer em forma de Perguntas e Respostas. Estou imaginando e construindo indagações válidas, e que ao mesmo tempo introduza temas que venha influenciar a Escola e os alunos.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
Preocupação
"Gerações Interativas: O Uso Responsável das Telas Digitais" é o tema desse estudo que, em São Paulo, deu origem a um evento em que foram debatidos, por uma tarde, dados e opiniões de especialistas. As respostas da pesquisa, realizada com 80 mil crianças e jovens de sete países (Argentina, Brasil, Chile Colômbia, México, Peru e Venezuela), mostraram que os responsáveis diretos pela educação (escola e pais, principalmente) não acompanham de forma significativa o mundo conectado por onde essa geração transita.
Ao ler a matéria publicada acima, por inteiro, tem-se a impressão que estamos ainda arranhando a superfície da questão. O lado bom são essas iniciativas, apesar da lentidão da mobilização geral.
sábado, 19 de setembro de 2009
Amamos objetos
Numa aula-palestra realmente provocativa, Sherry Turkle do MIT apresenta um conceito que nos parece obvio, porém ainda sem explorarmos seu verdadeiro significado.
Professora Turkle enfatiza que "nós amamos os objetos que nos ajudam a pensar". Partindo de uma abordagem inicialmente psicoanalítica, ela consegue sintetizar com argumentos filosóficos e de estudiosos de outras áreas, para trazer luz à relação que temos com máquinas e a própria tecnologia.
"Perder o meu HD é a morte" - essa e outras semelhantes afirmações - onde se pode substituir o objeto amado (quer por um PDA, celular ou mesmo um pen drive) são muito comuns. Constatamos com isso a nossa profunda dependência com essas ferramentas que em nossa percepção, nos torna mais inteligente e produtivo. E com isso e por isso, mudam o nosso ser.
O desdobramento disso tudo, a que devemos nos aprofundar, tem a ver com a Escola, com a Educação (no sentido amplo - familiar e social) e com o ambiente de trabalho.
Só para iniciar: como estamos acostumados com o uso do teclado, do mouse e de sistemas corriqueiros? De que maneira se instala nosso escritório? E a escola de nossos filhos? A sala de aula onde passaremos um dia inteiro - com seus recursos e instrumentos?
Prestemos atenção portanto em nossa própria situação e na dos filhos e funcionários mais jovens para trazer à discussão mais essa importante faceta.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Por que vocês estão aqui?
Graças a um trabalho inovador, o Professor Kanamori promove alegria e bem estar psicológico e social em seus alunos. Como diz o contribuinte deste link, uma demonstração que "não é nada mecânico, apertando botões ou em busca de resultados por melhores notas."
Vale a pena - mesmo que você não entenda, nem Inglês, nem Japonês. As imagens valem por mil palavras.
Recomendo que voce assine também os feeds do Tomaz Lasic.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Substantivos e Verbos
Uma interessante e importante diferença existe em como a maioria dos professores (imigrantes digitais) encaram a tecnologia digital do presente e os alunos de hoje (nativos digitais). Essa diferença traz implicações enormes para aqueles responsáveis pelo desenvolvimento de cursos e a sua ministração na Escola.
Os imigrantes digitais encaram a tecnologia digital como sendo uma série de ferramentas - por exemplo: o Word, o Excel, o PowerPoint, o Adobe Flash. As ferramentas podem ser usadas para realizar uma série de coisas. Cada uma delas pode ser manuseada e ensinada individualmente.
Na verdade, agora mesmo você poderá estar ofertando um ‘curso’ em qualquer uma dessas ferramentas, como é apresentado na TV o “Video Professor”.
Colocado em outros termos, nossos professores que são imigrantes digitais, encaram a tecnologia como uma série de programas, ou como coisas, ou – em termos lingüísticos – como Substantivos.
Os alunos de hoje, se forem fluentes como nativos na tecnologia digital, encaram de uma maneira bem diferente. Eles vêem a tecnologia como um meio para fazer as coisas acontecerem: comunicando, compartilhando, apresentando, etc.
Nos termos lingüísticos nossos alunos vêem a tecnologia como Verbos.
Eles não aprendem a usar o celular. Eles aprendem a comunicar, usando suas diversas possibilidades. Eles ‘textuam’. Eles ‘torpedeiam’. Eles falam. De maneira similar, eles não aprendem PowerPoint. Eles aprendem apresentação. E no momento em que a ferramenta se torna limitadora para eles – eles partem para outra. Com os telefones celulares isso acontece pelo menos uma vez por ano. E com o PowerPoint, acontece na 6ª série (para os nossos mais brilhantes), pois eles trocam para o Flash e para ferramentas de vídeo – ou o que existir de mais avançado como ferramenta, para o ‘verbo’ acontecer no que estiverem envolvidos.
Tradução do artigo (parte 1) de Marc Prensky por Volney Faustini. Link original aqui.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Parceiros dos Nativos Digitais
Um dos desafios na Educação dita moderna, é o desenho do processo didático pedagógico que deve facilitar a vida dos alunos como Nativos Digitais. Mais do que definir método ou criar funções, a Escola terá que falar a nova linguagem - aquela que seu público fala (os alunos).
Para facilitar, amparar e ser um verdadeiro parceiro, o professor tem pela frente uma tarefa monstruosa: aprender e desenvolver para si e para suas funções a aplicação digital. Gerar fluência pressupõe antes familiaridade. Esta por sua vez exige um mergulho efetivo. É por isso que uma das grandes tarefas no Desenvolvimento Educacional está ligado às práticas da conexão e do navegar online.
Essa dedicação inicial deverá ter metas claras e definidas, para que não se corra o risco de o muito fazer, nada resultar. Há avenidas práticas que trazem uma bagagem básica com desdobramentos interessantes. Eu inicialmente recomendaria uma destas iniciativas (que podem ser combinadas entre si):
- Crie um blog individual
- Crie um blog em parceria
- Ingresse numa Rede Social Massiva (tipo Orkut ou Facebook)
- Ingresse em duas Redes Sociais Segmentadas (tipo Cultura Digital ou Escola de Redes)
- Comece a twittar (aqui)
Essas iniciativas, apesar de aparentemente simples, podem descortinar muitas outras oportunidades. Como diz o ditado chines: uma grande jornada começa com os primeiros passos.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Desafios
Em tempos de mudanças drásticas, são os aprendizes que herdam o futuro. Os que já aprenderam se vêem preparados para viver em um mundo que não mais existe.
Eric Hoffer
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Entendendo o desafio
Os melhores professores são aqueles que lhe apontam para onde olhar, mas não lhe dizem o que você deve ver.
Alexandra K. Trefor
terça-feira, 28 de julho de 2009
Argumentos para a mudança
A Escola hoje, muito se parece com a viagem de avião- confie plenamente na pessoa lá da frente e desligue todo e qualquer aparelho eletrônico.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
O Tema Campeão
Creio que há muito passamos a discussão da necessidade de mudanças. Há um claro reconhecimento da falência dos métodos e da total ineficácia de metodologias obsoletas para a Escola de hoje. É covardia agregar fatos e argumentos diante do óbvio.
Essa é a grande questão dos próximos dez anos a perseguir a Educação e educadores em geral.
A grande questão gera filhos: Como mudar? Que direção seguir? O que implementar? Como implementar? Que métodos utilizar - ou até de forma mais específica: que metodologia aplicar? Existe ou existirá tal coisa - uma metodologia aplicável e replicável? Que abordagem adotar?
Enfim muito mais questões do que afirmativas ou respostas prontas. Isso em si, é excelente sinal.
As perguntas mais difíceis e complexas nos inspiram a uma atitude de aprendizado. Desde o princípio de nossas postagens neste blog, nos era claro que o novo aprendiz é um chapéu para todos os protagonistas da Escola: educadores, professores, administradores, funcionários paradidáticos, pais, e (redundantemente) alunos.
Ou seja, é da hora a contínua discussão destas e novas questões - não tanto pela busca de respostas, mas sim pelo processo de aprendizado e de criatividade. E o mais interessante de tudo, é que parte das respostas estão soltas e circulando o mundo através do ciberespaço.
Vou mencionar a fonte de alguns desses fragmentos a orbitar por nossas cabeças:
- TED TALKS (Conferências de Tecnologia, Entretenimento e Design)
- Digital Youth Project (Fundação MacArthur eUniversidade de Berkeley)
- Berkman Center for Internet and Society (na Universidade de Harvard - vários capítulos)
- Aspen Idea Festival (debaixo do Aspen Institute)
- CSN (Amsterdan - A Rede Social Corporativa)
- Preparar o Futuro (APDC - Portugal)
- Seminário A Sociedade em Rede e a Educação (Iniciativa da Vivo)
- 11º Encontro LocaWeb (São Paulo e outras cidades)
- Desconferência Escola de Redes (Campos de Jordão - português), e também no YouTube
São importantes conclusões trazidas nos eventos ou apresentadas ao público e que agora fazem a discussão se seguir. Isso nos estimula e nos faz pensar de maneira mais profunda. E nos leva à conversação. Aí está o nosso caminho, o caminho do novo aprendiz!
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Tudo mais é igual
Deixe o video rolar. Não precisa de tradução ou legenda. Já assistimos esse filme muitas vezes. Basta voltarmos à nossa passagem pela escola - e mesmo nos dias atuais, ainda é a realidade. Mesmo que já tenham decorridos mais de 60 anos!!
E a Escola? Este é um argumento do tipo visual, e que ajuda a nos convencer a embarcar no projeto O Novo Aprendiz. O aluno é alguém novo, o professor tem que aprender para o novo, a Escola também deve aprender para o novo. Todos aprendendo. Por isso de uma postura sistêmica e geral de aprendiz.
Veja o que dá tentar ensinar, já naquele tempo era difícil. Imaginemos hoje!
Os alunos mudaram. São outras pessoas, nascidos debaixo do signo dos bits - os Nativos Digitais. Agora, partimos para uma ruptura com os métodos antigos ou estaremos num beco sem saída!
terça-feira, 7 de julho de 2009
Aspen e as Ideias
Quase que exclusivamente por causa de patriotismo, não estive em Aspen na semana passada.
Entre várias razões, há uma pitada de altruismo. Aqui no Brasil preciso fazer o meu evangelismo - pregando sobre o impacto que o mundo digital vai ter sobre a sociedade em geral, e sobre a escola em particular. Ainda bem que tenho encontrado alguns bons aliados. Mas a luta é dura.
Pois bem, em pleno Colorado (verão americano) aconteceu o Aspen Idea Festival – um efervescente fórum reunindo as melhores cabeças do mundo para discutir e debater entre outros temas a Sociedade, a Educação e o Futuro.
Para o público participante, o site afirma que há inspiração e provocação vinda de escritores, servidores públicos, artistas, cientistas, executivos do mundo de negócios, acadêmicos, economistas, especialistas em política exterior, empreendedores, e líderes de todos os tipos ...
Para nós que temos uma certa noção do que seja o TED – Aspen é um TEDÃO!
Este ano eles focaram em quatro grandes temas:
- Economia Global e Política Exterior (World Affairs)
- Arte e Cultura
- A Vida na America
- Gerenciando o Planeta Terra
Dentro das abordagens mais específicas da segunda metade do encontro havia:
- A Ciência do Ser Humano
- Inovação na Educação
- Vivendo Digitalmente
- O Oriente Médio
Vocês devem estar pensando que eu inventei isso da minha cabeça – que foi um sonho pirado ... Mas não. Veja aqui.
No painel “O Futuro da Educação: Tecnologia e como as pessoas aprendem”, estavam (ninguém menos que): Connie Yowell (Fundação MacArthr – responsável pelo estudo Digital Media and Learning Initiative), Will Wright (criador de SIMS), e Howard Gardner (Harvard + o cara das Inteligências Múltiplas).
Eu vou repassar abaixo uma pequena parte do belo resumo que John Plafrey, do Berkman Center de Harvard fez. E depois de ler, você me responde de imediato no comentário:
1) Deveríamos ter alguém lá – pra diminuir esse abismo de futuro, e compartilhando conosco?; e
2) Exagero quando afirmo que – pelo lado otimista - estamos apenas engatinhando?
Leia agora, reflita e participe da discussão. O link original de onde traduzi uma parte, está aqui.
Baseado nos seus estudos das Cinco Mentes, Gardner apresenta seus pensamentos: 1) A nova mídia digital é plural: games, redes sociais, todas as formas de fontes de informação. 2) A Revolução Digital talvez venha a ser tão importante como os primórdios da escrita e da imprensa. Suas conclusões tem por base seu trabalho com entrevistas de: jovens, professores e psicólogos. 3) A coisa mais importante que temos a fazer é nos perguntar: que tipo de mente queremos criar nos jovens de hoje?
Will Wright por sua vez pergunta o que está em jogo na era digital. As crianças estão imersas nessas novas mídias, de tal forma que os pais tem muita dificuldade para entender. As comunicações assíncronas nos levam a novas técnicas de moderação, com novos padrões comunitários e regras para banir as pessoas de comunidades. Há uma metáfora com a biologia pois é debaixo pra cima, substituindo o de cima para baixo tipo de controle, fazendo um paralelo com o conjunto de regras da evolução.
Yowell enfatiza a crucial diferença entre os tipos de participação. Há aqueles focados na amizade e os focados no interesse – sendo que cada participação é distinta. Faz alusão ao trabalho de Mimi Ito. No foco da amizade as crianças trazem seus relacionamentos ‘offline’ e as formas de se comunicar no espaço ‘online’. Já as comunidades focadas no interesse as coisas funcionam de maneira distinta.
Gardner lança um desafio (eles chamam de Good Aspen Idea – ou a boa idéia de Aspen). Cada um de nós deve conhecer melhor como nossa mente opera - metacognição.
Com muito debate e discussão, entra John Seely Brown e coloca a importância do Mestre. “Não pode haver uma falsa dicotomia aqui. Há lugar para o professor aqui. Assim como para as multidões, para a mais recente novidade online, para o gaming, para o aprendizado entre pares. Não devemos ser exclusivistas para nenhum dos lados."
Por favor, vá leve nos comentários pois estou arrependido de não ter ido a Aspen.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Fala professor Pacheco!
UOL Educação - Onde mais ocorre o desperdício nas escolas?
Pacheco - O desperdício de tempo também é enorme em uma aula. Pelo tipo de trabalho que se faz, quando se dá aula, uma parte dos alunos não tem condições de perceber o que está acontecendo, porque não têm os chamados pré-requisitos, e se desliga. Há um outro conjunto de crianças que sabem mais do que o professor está explicando - e também se desliga. Há os que acompanham, mas nem todos entendem o que o professor fala. Em uma aula de 50 minutos, o professor desperdiça cerca de 20 horas. Se multiplicarmos o número de alunos que não aproveitam a aula pelo tempo, vai dar isso.
O desperdício maior tem a ver com o funcionamento das escolas. Os professores são pessoas sábias, honestas, inteligentes e que podem fazer de outro modo: não dando aula, porque dar aula não serve para nada. É necessário um outro tipo de trabalho, que requer muito estudo, muito tempo e muita reflexão.
Leia a entrevista completa aqui.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Missão Quase Impossível
Imagine que você foi contratado por um país distante para montar uma nova Escola, que deverá usar os melhores recursos à disposição para ser um case modelo. Como resultado disso, espera-se que seu Projeto seja bem sucedido para influenciar a Educação e os rumos da pedagogia daquela nação.
Esse é um Projeto de alta prioridade. Você poderá colocar o que há de melhor em termos de recursos e meios, para auxiliar e fortalecer o professor e a sua Escola. Assim, você instala equipamentos, utiliza-se de metodologias moderníssimas, agrega tecnologia, trazendo o que háde melhor e mais novo no segmento educacional. Tudo muito perfeito.
Há porém um detalhe. É certo que você deva gastar um tempo adicional (1) entendendo aquela cultura, (2) contextualizando seu currículo às realidades do país, (3) respeitando os interesses da sociedade quanto ao presente e ao futuro dessas crianças, (4) contratando iguais para melhor exercer a pedagogia ... Enfim, seguir um receituário do bom senso. Por isso, além do uso eficaz de investimentos, voce vai agregar gente nativa, da cultura local, que vai ajudar a formar a criança como um cidadão para aquele país!
A missão é difícil mas não impossível. Agora pergunto: e em se tratando de nossa realidade?
Hoje nos vemos diante de um grupo etário com cultura, comportamento, hábitos, influências, linguagem, repertório, vocabulário e atitudes TOTALMENTE distintos dos mais velhos. Ou seja - os que estão no comando e à frente da responsabilidade de ensinar, não são nativos (no sentido de terem nascido dentro daquela cultura). Tudo leva a crer que estamos na verdade diante de um desafio ainda mais profundo e complexo do que a hipótese levantada ao início.
O que fazer então? Parte do que estamos a discutir aqui (inciando pelo menos) e as questões que se levantam - e contando assim com a preciosa ajuda de nossos queridos leitores - é que formará um melhor entendimento do que significa o Novo Aprendiz.
Mas pelo jeito - e está cada vez mais patente - que os 'ensinadores' deverão ser os primeiros a atuarem como aprendiz. Bem vindo aos novos tempos!!
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Pedagogia do Harry Potter
Não li o livro. Por enquanto! Não vi o filme - talvez por enquanto. Mas tendo em vista essa preocupação crescente, não será dificil me ver embarcando com o pequeno bruxo.
Um dos mais avançados centros de estudos da matéria (essa tal de bandeira o novo aprendiz) fica no MIT - e chama-se Convergence Culture Consortium - dirigido pelo não menos famosos Professor Henry Jenkis. Em seu blog, ele traz o testemunho de Flourish Klink. Debaixo do tema: A idéia radical de que crianças são pessoas, ele publica um paper escrito por uma de suas alunas. Das coisas que Flourish se lembra bem e com pertinência, de seus tempos escolares, é o computador que ganhou de seus pais (e a possibilidade de se conectar à internet). Relata que isso foi quando tinha seus 12 anos de idade.
A chave para seu crescimento (e conquistas além da escola), veio a ser o compartilhar de suas criações - textos que publicava, sempre focados na história de Harry Potter. Apesar de suas limitações juvenis, ninguém sabia ao certo sua idade. E com o passar do tempo sua articulação mental aprimorava e suas expressões ganhavam relevância.
Foram esses espaços comuns ('affinity spaces') que permitiram que seu aprendizado fosse contributivo e positivo. É ela quem testemunha:
[Tudo isso] ... me levou a escrever, a ler, a fundar uma organização sem fins lucrativos, e pelos céus, tudo isso antes de ter chegado aos dezesseis anos. Comparando, meu tempo no ensino médio parece vazio, sem nada, um lugar circunscrito a se pegar o diploma ...
E em seguida ela enfatiza:
Creio que a primeira resposta é "não lhes dê nada". Essa relação de poder tem que ser abandonada.
sábado, 13 de junho de 2009
O Ensino na berlinda
E mesmo que os professores, mestres e educadores se esforcem em suas atividades - com o objetivo de ensinar - debaixo de um conjunto de crenças e sempre presos aos arquétipos do passado, mais distantes eles ficarão do sentido desse esforço. Se o objetivo é fazer (ou permitir) que a criança aprenda, então pode desde já parar!!
É óbvio e claro que não é debaixo de um modelo que remonta (nas melhores hipóteses) ao século dezenove, que a Escola vai conseguir alcançar seus intentos. O jeito quadrado, do silêncio, do poder (!), da centralização, do 'one size fits all' massificado, não é mais eficaz. E isso coloca o Ensino na berlinda.
O que fazer para que nossos filhos aprendam?
Que tal iniciarmos por tirar a ênfase da ação e-n-s-i-n-a-r ?
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Alunos Diferentes
What Differentiation Is--And Is Not
A differentiated classroom offers a variety of learning options designed to tap into different readiness levels, interests, and learning profiles. In a differentiated class, the teacher uses (1) a variety of ways for students to explore curriculum content, (2) a variety of sense-making activities or processes through which students can come to understand and "own" information and ideas, and (3) a variety of options through which students can demonstrate or exhibit what they have learned.
A class is not differentiated when assignments are the same for all learners and the adjustments consist of varying the level of difficulty of questions for certain students, grading some students harder than others, or letting students who finish early play games for enrichment. It is not appropriate to have more advanced learners do extra math problems, extra book reports, or after completing their "regular" work be given extension assignments. Asking students to do more of what they already know is hollow. Asking them to do "the regular work, plus" inevitably seems punitive to them (Tomlinson, 1995a).
Alunos Especiais
Agora a pergunta que não quer calar: e se na sua classe de aula hoje, encontrarmos alguns alunos diferentes que necessitam de um aprendizado diferenciado, o que voce faria?
E agora a afirmação que não queremos ouvir: todos os nossos alunos são diferentes entre si!
Participe da discussão.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Contato e Identificação
É certo que hoje, um dos desafios maiores para os professores e educadores, está no contato e identificação com seus alunos. Tornar-se parte do todo, e de um todo indivisível e associado, é vital para a boa pedagogia.
Não há comunicação sem rapport. Sobre isso voltarei para aprofundar. Mas hoje o foco está em não sermos um ET dentro da sala de aula: alguém que veio de outro planeta.
A imagem mais forte do filme é a cena dos dedos se tocando. Spielberg que sempre teve fascinação pelo tema, recorre a esse simbolismo para dar sentido à identificação da criança com aquela estranha criatura. Havia algo de mágico na sinceridade e singeleza da criança, ao aceitar um extra-terrestre como parte de sua turma.
O desafio portanto ultrapassa a aparência física, ultrapassa até mesmo os hábitos ou mesmo comportamentos diferentes do ET diante de uma criança ocidental de primeiro mundo. O que estava em jogo era mais para o lado da sinceridade e da fraqueza do visitante, e de como isso demanda na criança um voluntariado para entrosá-lo na vida e no cotidiano.
O recurso a mão, para ser utilizado é menos do lado artificial ou de apetrechos - como por exemplo procurar ser mais jovem do que aparentamos, e muito mais para a sinceridade e a naturalidade. Não podemos mudar quem somos. Mas podemos ser nós mesmos, com naturalidade e autenticidade.
Pode até ser a fórmula do ET. Mas essa fórmula dá certo!
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Nativos 2
quarta-feira, 13 de maio de 2009
A discussão continua
É mais um contribuição para o debate da questão das mudanças que chegam com essa nova geração, carregada de novos hábitos e diferentes paradigmas. Os marketeiros estão sendo convidados a discutir o tema. Veja aqui.